Lá estava eu me preparando para este grande intento que a nossa equipe havia definido como meta de vida: Fazer um bundalêlê na praia do Murubira, em Mosqueiro.
Não era um bundalêlê qualquer, tinha que ser todos ao mesmo tempo e na hora que a cantora de uma banda de trio elétrico de quinta categoria que eu não lembro o nome olhasse para a gente.
Nosso objetivo era tentar fazer ela errar a música quando visse tamanha idiotice em plena praia. O sonho de uma vida talvez virasse realidade naquele momento.
Estávamos prontos para o ato, pois passamos dois dias ao sol para conseguirmos o contraste adequado que um bundalêlê exige, já que pela norma o “pandeiro” deve estar o mais branco possível, enquanto o corpo o mais queimado que conseguir.
A hora chegara, o trio elétrico estava na posição correta, só faltava a “Sarah Jane depois de tomar muita porrada” aparecer olhando em nossa direção.
Ela veio em nossa direção, quase que em câmera lenta e, dançando alegremente, olhou exatamente em nossa direção. Nossa reação foi sincronizada e automatica: viramos de costa e abaixamos as sungas em uma sincronica que daria inveja a qualquer dupla de nado sincronizado.
A cantora engasgou, deu um gritinho abafado e começou a gritar: “Eu quero ouvir vocês! VAI, VAI,VAI!”.
Quando terminamos, ajeitamos os shorts e olhamos em direção ao trio elétrico. Foi quando vimos três policiais militares vindo em nossa direção para nos prender. Acho que por atentado ao pudor.
Saímos correndo desesperados e três de nós, sem pensar realmente na razão, corremos para a água e fomos um pouco ao fundo até a água ficar na altura de nossos peitos.
Os policiais ficaram na beira da água gritando que era melhor a gente se entregar, mas não fizemos isso. Calmamente fomos nadando em direção a praia do Ariramba. A maré estava muito cheia, portanto não poderíamos seguir muito em frente.
Eles foram nos seguindo até certo ponto, depois pararam e ficaram olhando para ver se íamos sair. Estávamos afastados uns 100 metros deles. Apesar da vantagem, ficamos na água esperando eles irem embora.
Após uns trinta minutos, os caras desistiram e voltaram para o calçadão (se é que aquilo pode ser chamado assim).
Nós, triunfantes pela proesa, saímos da água e corremos desesperados em direção à casa onde estávamos. Só paramos de correr depois que dobramos a esquina de uma rua.
Fomos embora andando rápido e sempre olhando para trás, como se o que havíamos feito fosse um algo que a polícia devesse dar tanta importância.
No final de tudo, realizamos um sonho, de merda, mais era um sonho.
Ah… O que seria da humanidade sem os sonhos…
Hahahaha…
Quando li o título do post, imaginei que São Dionísio iria figurar como ator principal da trama, kkkkkkkkk.
HAUHuahUAHuahU
VAI VAI VAI
olha o sonhooooooooo
To sumida mesmo, morrendo de saudades disso aqui.
Trabalho pela manhã na cafeteria de mamis, de tarde to na universidade e de noite faço um curso de extensão universitária que me serve como uma turma de cursinho para concursos juridicos. Ainda tenho tempo de estudar em casa e de malhar, meu dia tem 36hrs.
Um beijo
:*
aliás, ontem esqueci de dizer que não existe mais atentado violento ao pudor, considere agora tudo como estupro, até um beijo lascivo HAUhauhUAH
Isso foi há 15 anos atrás 😀
e porque esse blog ta americanalhado?
New style my baby!